Apesar dos inúmeros benefícios que se podem retirar quer em diagnóstico quer em terapia, a exposição à radiação ionizante pode constituir um problema para a saúde uma vez que, quando esta interage com os tecidos e/ou com os órgãos, pode aí depositar elevadas quantidades de energia.
Diariamente as populações são expostas a diferentes tipos de radiação ionizante sendo que 86% é de origem natural, como é o caso da radiação cósmica, radiação terrestre e ainda a radioatividade natural tecnologicamente aumentada. Em alguns locais, a predominância de determinados minerais de urânio, a existência de falhas e minas podem, inclusivamente, ser responsáveis pela presença de níveis de radioatividade natural ainda mais elevados, especialmente no que se refere ao radão.
A exposição humana às radiações é uma realidade em Portugal, em especial na região Beirã, que é caracterizada pela existência de rochas graníticas onde o teor de urânio é elevado, tornando-a, por este motivo, uma das zonas de risco acrescido em relação à radioatividade de origem natural.
Filipe Veloso e Pedro Costa